sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Professor Cândido Lima – Percurso e Vida

Cândido Lima nasceu em Viana do Castelo em 1939. Iniciou o seus estudos em Piano e Composição em Braga, onde exerceu durante muitos anos a actividade de organista da Sé Catedral. Terminou os cursos superiores de Piano e Composição nos Conservatórios de Música de Lisboa e Porto. Após regressar do seu serviço militar na Ilha de Bolama, Guiné, “Eu fui para a guerra. Assumo isso. Fui para a Guiné em 66 mas nem por isso deixei de levar o meu piano”, ingressa na Universidade do Minho onde tira o curso de Filosofia. Posteriormente, obtém o doutoramento em Estética pela Universidade de Paris com a tese "Identidade e Alteridade em Composição Musical". O professor conta como surgiu a oportunidade de estudar no estrangeiro: “Consegui uma bolsa para ir para Paris, através da Secretaria de Estado da Cultura, o que é curioso porque, numa época em que não havia bolsas, o Dr. João de Freitas Branco, que era o secretário de Estado da Cultura, era um grande admirador de Xenakis, e a bolsa que eu pedi foi para ir estudar com Xenakis. Houve portanto um conjunto de factores que fizeram com que conseguisse o impensável.
Foi por isso bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, da Secretaria de Estado da Cultura, do Centro Acantes, entre outras instituições, frequentou diversos cursos internacionais com Nadia Boulanger, Aloys e Alphonse Kontarsky, Gérard Frémy, Stockhausen, Kagel, Ligeti, Pousseur, Boulez, Xenakis, entre outros. Estudou ainda Análise e Direcção de Orquestra com Gilbert Amy e Michel Tabachnik bem como estagiou e paraticipou em cursos de música electrónica, informática e informática musical nas Universidades de Paris VIII / Vincennes, Paris I - II / Panthéon-Sorbonne, no CEMAMu e no IRCAM. Processos de formação estes que lhe permitiram realizar e alcançar projectos e feitos respectivamente, dignos de enumeração.

Professor Cândido Lima – Projectos e Feitos

Durante o seu percurso e vida, tem vindo a escrever de forma regular artigos na imprensa e criou séries de televisão e rádio, com o objectivo de divulgar e mostrar em primeira audição nacional obras de compositores contemporâneos. É igualmente responsável pela vinda de alguns músicos como Xenakis, Giuseppe Englert, Jean-Baptiste Barrière, Wilfried Jentzsch e Stefano Scodanibbio ao nosso país.
Em 1973 funda o "Grupo Musica Nova", pioneiro na divulgação de compositores clássicos e portugueses em festivais, séries, rádio, televisão, com concertos dados no país e no estrangeiro.
Com um vasto trabalho teórico, Cândido Lima, participa desde 1968 na Reforma do Ensino da Música em Portugal, sobretudo no domínio da Composição Musical. Foi presidente da Juventude Musical de Braga (1968/74). Durante esse período e até 1986, desempenhou funções de direcção e foi professor nos Conservatórios de Música do Porto e de Braga. Em 1988 recebe o convite para fazer parte do Conselho Directivo e Consultivo do Departamento de Música da Universidade de Aveiro. A sua obra compreende música para diversos ensembles intrumentais, canto e piano, orquestra, bem como tem vindo a utilizar meios electroacústicos e audiovisuais, das quais destaca a obra “Ocenaos”: “para orquestra e fita magnética, onde há sons electrónicos, electro-acústica e música por computador. Em 2008 faz 30 anos que essa obra foi apresentada com orquestra no Rivolli e depois nas festas da cidade. Isso foi a primeira vez que aconteceu em Portugal. Este poderia dizer, que foi o grande projecto não só sob o ponto de vista das novas tecnologias mas, também das novas estéticas porque, era uma estética completamente nova no país, com muita influência de Xenakis mas, ao mesmo tempo completamente diferente.
Sou um pioneiro da música por computador em Portugal”. Mais do que um pioneiro, foi mesmo o primero a fazer música e composição por computador no nosso país.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

SBSR 2007

Aproxima-se uma vez mais o esperado Festival Super Bock Super Rock que, como no ano passado, se divide em dois "Acts" sendo o 1º no dia 28 de Junho e o 2º nos dias 3, 4 e 5 de Julho. Como em edições anteriores, contam-se com pesos pesados da música internacional rock e indie, figurando como cabeça de cartaz os Mettalica (28/06), os Arcade Fire (03/07), The Jesus and Mary Chain (04/07) e Underworld (05/07).

Quanto ao critério de escolha de bandas a fazerem parte deste Festival podemos especular várias hipóteses sendo a mais evidente, o conceito de "novidade". Ao observarmos os "participantes" do SBSR deste ano, percebemos que todos têm algo de novo para nos mostrar. A maioria tem novo material para tocar uma vez que lançou albuns recentemente, como é o caso dos canadianos Arcade Fire com o seu novo trabalho "Neon Bible" ou ainda Bloc Party (03/07) com "A Weekend in the City", o seu album mais recente. Nesta onda de novo material inserem-se também os estreantes Klaxons(03/07) com o seu primeiro trabalho "Myths of the Near Future" e ainda LCD Soundsystem(04/07) com o seu polémico single "North American Scum"do novo album "Sound of Silver".

Outras bandas configuram-se como novidade por ser a primeira vez em Portugal como é o caso dos nova-iorquinos Interpol presentes no último dia do Festival, ou os The Jesus and Mary Chain pois o facto de se reunirem após uma série de anos, representa talvez uma oportunidade unica de os ver, sendo por sí sós uma novidade.

Estes são apenas alguns dos nomes que estarão presentes na 13ª edição do SBSR no próximo mês de Junho e Julho que assim cumpre 13 anos.O Festival nasce no ano de 1995, marcando um acontecimento de grande impacto no panorama musical português, que se vem a repetir anualmente desde então.

O evento mudou bastante ao longo dos anos, principalmente a nível de organização e de infra-estruturas, melhoradas de edição para edição, sendo talvez esta a razão mais obvia para o aumento do preço das entradas. O Festival vai-se realizar no Parque Tejo (Parque das Nações) junto à Ponte Vasco da Gama em Lisboa, local escolhido desde 2004.

domingo, 8 de abril de 2007

Digg in


O Digg é mais conhecido como um site na web que possibilita aos utilizadores a participação em primeira mão no processo informativo e noticioso. No entanto, desde a sua criação, o Digg evoluiu de um simples endereço para um conceito complexo na era da web 2.0

O conceito surge de facto com o site digg.com mas, ele vai "libertar-se" por assim dizer deste endereço, ao ser adoptado por outros endereços e serviços da web. O site original perde assim a sua exclusividade conceptual o que torna este serviço um conceito complexo. Obedecendo às novas "leis" da web 2.0, o digg proporciona interactividade com os utilizadores, mas fá-lo de uma forma mais avançada, combinando social bookmarks, feeds e blogs.
Com esta novidade, os cybernautas podem publicar um acontecimento noticioso, e outros utilizadores atribuirão a imortância que melhor acharem a essa "notícia", ganhando esta maior ou menor destaque na web.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

segunda-feira, 19 de março de 2007

TAG! You're it!

Como foi explicado no post sobre a Web 2.0, existem de facto várias maneiras de tratar a informação na internet. No entanto, uma delas ganhou muita popularidade no mundo dos blogs e, actualmente, está em forte expansão. Chama-se Folksonomia, ou democratização da classificação da informação.

A Folksonomia é a conjunção da palavra "folk" (povo) e "taxonomia" (estudo e classificação da informação), que assim traduz "classificação efectuada por pessoas". Em vez de ser utilizada uma forma hierárquica e centralizada de categorização de informação (taxonomia), as pessoas escolhem simplesmente palavras-chave (TAGS, ou etiquetas) que melhor dão um significado ao objecto (texto, imagem ou som) que pretendem classificar.

Recorrendo a este processo de democratizado de classificação, o utilizador escolhe as palavras-chave, ou TAGs, que melhor caracterizam a informação ou parte dela e, simplesmente, submetem a informação no serviço em causa.